Por Francisco Lima Neto
(Folhapress) – A qualidade do ar em São Paulo às 8h desta terça-feira (10) é a pior pelo segundo dia consecutivo entre 120 cidades monitoradas pelo site suíço IQAir. Nesta segunda (9), a capital paulista já tinha alcançado a posição. A lista só inclui grandes cidades.
A empresa suíça é especializada em tecnologia da qualidade o ar e organiza o ranking de 120 grandes cidades do mundo com dados gerados por estações operadas por governos, instituições de pesquisa e organizações sem fins lucrativos. A classificação segue parâmetros de qualidade americanos.
Com registro de 158 no índice usado pelo site, a capital paulista superou Kinshasa, na República Democrática do Congo (140), e Dubai, nos Emirados Árabes (135). Completam a lista das cinco cidades com o ar mais poluído: Delhi, na Índia (112), e Jerusalém, em Israel (104).
A qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo está classificada como muito ruim pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) nesta terça-feira (10). Esse é um nível abaixo do pior na escala que considera o índice de poluentes e é composta por cinco fases: boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima.
A qualidade do ar está muito ruim devido à suspensão de material particulado, segundo o órgão. Isso acontece em razão das condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão de poluentes por conta da estiagem e ventos fracos, acrescenta.
Nessa classificação, de acordo com a Cetesb, pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças têm os sintomas agravados pela baixa qualidade do ar. A população em geral pode apresentar sintomas como ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca e cansaço. A indicação é reduzir esforço físico pesado ao ar livre até o índice de qualidade melhorar.
O que significa os níveis de qualidade do ar:
Moderado – Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. A população, em geral, não é afetada.
Ruim – Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.
Muito ruim – Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas).
Péssima – Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensíveis.
Tempo seco deve permanecer até domingo
O tempo seco e a onda de calor em pleno inverno devem continuar em São Paulo, ao menos, até domingo (15), segundo a previsão do tempo.
De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura paulistana, os modelos numéricos de previsão estendida apontam que entre a noite de domingo e o início da próxima semana podem ocorrer chuvas irregulares, rápidas e isoladas, com baixo potencial para alagamentos, devido a propagação de uma frente fria pelo litoral paulista.
“Esse sistema deve trazer alívio do calor e dos baixos índices de umidade do ar registrados nos últimos dias”, afirma o órgão municipal.
Segundo dados dos meteorologistas do CGE, o último registro de chuva na cidade ocorreu nos dias 24 e 25 de agosto.
Até lá, a região metropolitana de São Paulo terá de conviver com temperaturas de verão fora de época. Previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta que a máxima deverá oscilar entre 33°C e 34°C até a sexta-feira (13).
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