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Redes do ICL sofrem onda de ódio e desinformação; Edu Moreira rebate

Comentários tentam defender Marco Antônio Heredia, ex-marido que tentou matá-la
08/03/2024 | 10h50

As redes sociais do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) estão sendo atacadas com uma enxurrada de informações falsas sobre Maria da Penha, a mulher que inspirou a lei que protege as mulheres de homens agressores. Os autores dos comentários tentam defender Marco Antônio Heredia, seu ex-marido e autor de várias agressões e tentativas de homicídio contra ela. Todas as argumentações são baseados em fatos mentirosos.

O ataque acontece porque Maria da Penha terá um encontro com o público no domingo (10), às 20h, em que contará sua história nos canais de YouTube do ICL e Eduardo Moreira, com participação de Marcia Tiburi, Manuela D’ávila e Eliana Alves Cruz e mediação de Eduardo Moreira e Vivian Mesquita.

Para rebater o ataque orquestrado às redes do ICL, Eduardo Moreira gravou um vídeo em que manda o seguinte recado:

“Recadinho para a turminha da extrema-direita, para os mentirosos de plantão que estão fazendo uma onda de ataque à gente, porque nesse domingo vamos fazer um encontro para contar toda a história da Maria da Penha.  Meu irmão, minha irmã, aqui ninguém tem medo de vocês, não. E aqui quanto mais forte você vier mais forte vai voltar. Sabe como é que volta? Com conhecimento, irmão. Com a verdade. E com a coragem que falta para vocês.

Nesse domingo a gente vai lotar o encontro e todo mundo vai ouvir a história verdadeira da Maria da Penha. Não essas histórias que defendem covarde, que defendem frouxo, defendem assassino… Aliás, nem assassino é, porque não conseguiu assassinar, porque a mulher é muito mais forte que ele. Mas aqueles que gostariam de ser assassino de mulher. Aqui a gente defende a verdade. É com ela que a gente trabalha. Frouxos”.

Veja aqui a trajetória de Maria da Penha.

A seguir, algumas histórias falsas que contaram sobre ela e as respectivas checagens dos fatos:

Júris concluíram que marido atirou em Maria da Penha, não assaltante.

Maria da Penha: entenda o caso que originou lei de proteção a mulheres vítimas de violência.

Maria da Penha ficou paraplégica após assalto?

É fake que Maria da Penha ficou paraplégica em assalto e não ao ser baleada pelo marido.

A lei Maria da Penha

A história da Maria da Penha Maia Fernandes não é apenas sobre resistência. É também um capítulo decisivo na luta feminista no Brasil. Sua batalha contra a violência doméstica, após sobreviver a tentativas brutais de assassinato por parte de seu ex-marido, inspirou a criação da Lei Maria da Penha.

Confrontada com um sistema judiciário que a princípio pareceu mais um obstáculo do que um meio de obtenção de justiça, ela encontrou dentro de si a coragem para lutar não apenas pela sua própria causa, mas também em nome de suas filhas e todas as outras mulheres que, tragicamente, não sobrevivem à violência.

Em sua jornada, ela encontrou apoio em ativistas, organizações dedicadas aos direitos das mulheres e uma ampla rede de solidariedade internacional. Este suporte coletivo se tornou fundamental na luta que levou à criação da Lei nº 11.340/2006, que hoje protege milhares de mulheres.

Sua história não é somente um relato de sobrevivência, mas um símbolo da capacidade de transformar dor em mobilização por justiça.

Além da Lei — o legado de Maria da Penha

A história não se limita à tragédia pessoal que viveu, transformando-se em um símbolo de resistência e mudança na luta contra a violência doméstica no Brasil.

Sua jornada, da vítima à ativista, resultou em avanços significativos na legislação e na conscientização sobre a violência contra mulheres, refletindo seu impacto duradouro na sociedade brasileira.

Fundação do Instituto Maria da Penha

Em sua missão de promover a conscientização e apoiar mulheres vítimas de violência, foi fundado o Instituto Maria da Penha (IMP).

Esta organização não governamental e sem fins lucrativos trabalha incansavelmente para educar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar, oferecendo também recursos e apoio às mulheres afetadas.

O IMP se destaca pela defesa dos direitos das mulheres e pela promoção de políticas públicas efetivas para o enfrentamento à violência de gênero.

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