Repórter é atingida por bala de borracha ao vivo nos protestos em Los Angeles

Uma repórter australiana do canal “9News”, afiliada da CNN, foi atingida por uma bala de borracha enquanto cobria os protestos de Los Angeles, nos Estados Unidos.Lauren Tomasi fazia uma entrada ao vivo no domingo (8) para reportar a situação dos protestos, quando foi atingida na perna.

Seu cinegrafista registrou o momento: ela estava de costas para um cordão de policiais, quando um dos agentes olhou para ela, apontou sua arma e disparou.

🎯👮‍♂️ Repórter australiana é atingida ao vivo com bala de borracha por policiais de Los Angeles pic.twitter.com/UbIajJGdHv

— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 9, 2025

“Lauren e seu cinegrafista estão bem e continuarão seu trabalho essencial cobrindo esses eventos. Esse incidente é um lembrete claro dos perigos inerentes que os jornalistas podem enfrentar ao cobrir protestos na linha de frente, reforçando a importância do papel que desempenham ao fornecer informações vitais”, disse a emissora australiana em comunicado.

Los Angeles vive quarto dia de protestos

Há quatro dias, Los Angeles, cidade na Califórnia com forte presença de imigrantes lattinos, vive protestos contra medidas de Trump para expulsar imigrantes ilegais.  No domingo (8), homens encapuzados queimaram carros  foram reprimidos pelas forças de segurança com gás e balas de borracha. Houve ao menos 27 prisões.

 

Protestos contra os agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e as polpitica imigratória do governo Trump eclodiram em Los Angeles desde a sexta-feira (6). A tensão aumentou após o envio de 2.000 homens da Guarda Nacional enviados pelo presidente Donald Trump.

Horas após a chegada da Força Nacional, o centro de Los Angeles voltou a ser ocupado por uma marcha em defesa dos imigrantes. As forças de segurança usaram gás lacrimogênio e balas de borracha.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou o envio das tropas federais. Ele foi contra o uso dessas forças e disse que o presidente comete abuso de poder e quer acirrar o conflito.”Todos os governadores  democratas concordam: as tentativas de Donald Trump de militarizar a Califórnia são um alarmante abuso de poder”, disse.

Foram registrados confrontos entre manifestantes protestavam em frente a uma prisão e a Guarda Nacional, que foram posicionadas ao redor de prédios do governo federal. A polícia de Los Angeles declarou que os protestos são “reuniões ilegais” e disse que foi atacada com pedras e garrafas.

A rodovia 101, que corta Los Angeles, chegou ser totalmente bloqueada. Carros autônomos da Waymo, empresa da Alphabet (dona do Google), foram queimados.

Trump age em oposição direta ao governador Newsom, que detém o controle sobre a Guarda Nacional da Califórnia. O presidente disse que a federalização das tropas é necessária para “enfrentar a ilegalidade”. Newsom rebateu dizendo que a medida é “deliberadamente provocativa e só servirá para aumentar as tensões”.