A Justiça do Rio condenou a 12 anos de prisão o artesão Caio Silva de Souza, réu pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, durante manifestação em 2014. Santiago foi atingido na cabeça por um rojão, que explodiu.
O outro denunciado, o tatuador Fabio Raposo Barbosa, foi absolvido pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Caio poderá recorrer em liberdade. O julgamento, dez anos após a morte de Santiago, terminou na noite de ontem, terça-feira (12).
Fabio e Caio foram denunciados por homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e emprego de explosivo – e pelo crime autônomo de explosão. Os jurados do Conselho de Sentença entenderam que não existiu a intenção de matar a vítima, o que levou à desclassificação do crime.
Com isso, a sentença foi proferida pela juíza Tula Correa de Mello, que condenou Caio a 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado.
Em seu depoimento, Fabio, que disse ser frequentador das manifestações, afirmou não ter visto o momento em que Caio acendeu o rojão que atingiu Santiago Andrade. Já Caio declarou sentir culpa pela morte de Santiago.
“Eu passo todo dia pela Central do Brasil e carrego o peso da minha mochila, mas também carrego o peso de ter matado um trabalhador. Todo dia eu carrego peso do meu trabalho e o peso de ter matado um trabalhador”, disse.
Relembre o caso
O cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, foi atingido por um rojão na cabeça quando fazia a cobertura de uma manifestação na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2014.
Após ser atingido pelo rojão, Santiago Andrade ficou internado no Hospital Souza Aguiar por quatro dias e morreu em decorrência dos ferimentos. A explosão lhe causou afundamento no crânio.
Com informações da Folha de São Paulo.
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