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‘Só Lula sabe. E Deus’, diz Flávio Dino sobre possibilidade de ser indicado para o STF

A declaração no foi dada ontem na capital paulista, após entrega da medalha da Ordem do Mérito ao padre Júlio Lancellotti, vigário do povo da rua da Arquidiocese de São Paulo.
25/09/2023 | 10h18

Por André Graziano

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), brincou com a possibilidade de ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma vaga no Supremo Tribunal Federal no lugar de Rosa Weber. A atual presidente da corte se aposentará até 2 de outubro, quando completa 75 anos. “Eu não sei. Só Lula sabe. E Deus”, afirmou. “Não existe candidatura a ministro do Supremo, então estou bem tranquilo e trabalhando muito, de domingo a domingo.”

A declaração no foi dada ontem na capital paulista, após entrega da medalha da Ordem do Mérito ao padre Júlio Lancellotti, vigário do povo da rua da Arquidiocese de São Paulo.

O ministro disse que Lula deve se debruçar sobre as indicações ao STF e à Procuradoria-Geral da República nesta semana. O mandato do atual PGR, Augusto Aras, termina oficialmente nesta segunda, 26. “Ele [Lula] tem uma reflexão já acumulada, está ouvindo as pessoas. O processo deve findar nas próximas semanas, e tenho absoluta convicção de que serão boas escolhas para o Brasil.”

Delação de Cid

Flávio Dino evitou comentar o teor do trecho vazado de delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Reportagens publicadas na sexta-feira apontam que o oficial afirmou que havia uma trama de golpe de estado para impedir a posse de Lula após a vitória sobre Bolsonaro e que o então comandante da Marinha, Almir Garnier, foi o único dos chefes das três forças militares a concordar com o suposto plano.

“Faço questão de frisar que nunca li essa delação, não tenho acesso ao conteúdo. O que eu tenho consignado é a garantia à sociedade de que a Polícia Federal está agindo com isenção e técnica, sem nenhum critério ideológico ou algo parecido, e por isso a verdade está aparecendo”, garantiu. O ministro, contudo, voltou a afirmar que houve “uma trama golpista que desaguou no 8 de janeiro” e que isso “será esclarecido”.

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