Por Tempo Real RJ
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta segunda-feira (18), manter a prisão preventiva de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele está preso desde março deste ano suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
A votação aconteceu no formato de plenário virtual. Os ministros analisaram um recurso impetrado pela defesa de Brazão que pedia a substituição da prisão por medidas cautelares.
Todos os magistrados acompanharam o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes, pela manutenção da prisão. O site G1 divulgou a informação inicialmente.
“As razões apresentadas revelam que a prisão preventiva do agravante está lastreada em fundamentação jurídica idônea, chancelada pela jurisprudência do STF. […] Em conclusão, não há reparo a fazer no entendimento aplicado, pois o agravo regimental não apresentou qualquer argumento apto a desconstituir os fundamentos apontados”, declarou Moraes.
Julgamento dos irmãos Brazão
O processo já encerrou a fase de instrução, com recolhimento de depoimentos de testemunhas e provas. A atual fase é dos pedidos de providências complementares para, em seguida, seguir para as alegações finais.
Finalizada esta etapa, o STF poderá realizar o julgamento de Domingos Brazão e os demais réus apontados como mandantes, entre eles o deputado Chiquinho Brazão, irmão de Domingos.
Relacionados
Ex-delegado preso no caso Marielle pede ao STF desbloqueio de salário
Rivaldo Barbosa é investigado por suposto envolvimento no assassinato
Moraes autoriza Chiquinho Brazão a fazer exame cardíaco, mas nega prisão domiciliar
Apontado como mandante da morte de Marielle Franco, Brazão aguarda julgamento preso em Campo Grande (MS) desde março
Caso Marielle: MP recorre para aumentar penas de Lessa e Élcio
No fim de outubro, ambos foram condenados por duplo homicídio