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Tragédia no RS: 68% dos brasileiros responsabilizam governo estadual

Segundo pesquisa da Genial/Quaest, para 70% dos entrevistados, investimentos em infraestrutura evitariam atual situação
09/05/2024 | 14h54

Pesquisa da Genial/Quaest apresentada nesta quinta-feira (9) revela que 68% dos brasileiros acreditam que o governo estadual tem muita responsabilidade pela tragédia que assola o Rio Grande do Sul.

Segundo a pesquisa, 64% dos entrevistados também avaliam que as prefeituras têm muita responsabilidade. Já 59% creditam ao governo federal a responsabilização.

Para 70% dos entrevistados, os investimentos em infraestrutura poderiam ter contribuído para evitar a tragédia enquanto 30% afirmaram que ela era inevitável.

A pesquisa aponta ainda que 64% dos brasileiros atribuem a situação no Rio Grande do Sul às mudanças climáticas. Outros 30% acreditam que é apenas uma das causas — para 1%, não há qualquer ligação.

Para 58% dos entrevistados, as mudanças climáticas estão acontecendo por intervenção humana. Outros 27% atribuem os efeitos climáticos também a outros fatores.

Foram ouvidas presencialmente 2.045 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. O índice de confiança da pesquisa é de 95% — já a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Destruição causada pelos temporais e enchentes em Cruzeiro do Sul (Diogo Zanatta/ICL Notícias)

Destruição causada pelos temporais e enchentes em Cruzeiro do Sul (Diogo Zanatta/ICL Notícias)

Tragédia: 107 mortos

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou nesta quinta-feira (9) mais duas mortes em consequência das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o último dia 26. Com isso, sobe para 107 o total de óbitos confirmados. Uma morte ainda está em investigação.

Segundo o boletim mais recente do órgão estadual, divulgado às 9h de hoje, pelo menos 136 pessoas estão desaparecidas, no desastre climático já que afetou 1,47 milhão de pessoas, nos 425 municípios atingidos.

Os dados contabilizam ainda 164.583 pessoas desalojadas, que tiveram de, em algum momento, buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Muitas destas seguem aguardando que o nível das águas baixe para poder retornar a suas casas.

Outras 67.542 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, e precisaram se refugiar em abrigos públicos municipais.

Segundo a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil estadual, a prioridade, neste momento, é concluir o resgate de pessoas que permanecem ilhadas em locais de difícil acesso e conseguir fazer com que a ajuda humanitária e os donativos cheguem aos municípios mais atingidos pelas fortes chuvas. Entre os itens mais necessários, estão água mineral, roupas e alimentos.

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*Com Agência Brasil

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