Dezenas de walkie-talkies explodiram em todo o país nesta quarta-feira (18), um dia depois de milhares de pagers usados pelo Hezbollah terem sido detonados no Líbano. Nove pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas nos ataques, que aconteceram na capital Beirute e no sul do Líbano.
Na manhã de quarta-feira (18), o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, declarou, sobre os ataques via pagers da terça-feira (17): “Esta deveria ser uma regra para todos no mundo, que os governos deveriam ser capazes de aplicar. Tão importante quanto o evento em si é o indício que confirma que existe um grave risco de escalada dramática no Líbano, e deve-se fazer tudo o que for possível para evitá-la.”
No X, o Exército libanês pediu que os cidadãos “não se reúnam nas áreas onde estão ocorrendo incidentes de segurança para permitir a chegada das equipes médicas”. Os feridos foram levados para hospitais, que já estão sobrecarregados pelos ataques de terça-feira.
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Walkie-talkies, aparelhos de comunicação por ondas de rádio, explodiram no Líbano (Foto: Reprodução redes sociais)
Uma fonte próxima ao Hezbollah afirmou “vários walkie-talkies explodiram” na região onde estão sendo realizados os funerais dos membros do grupo, que morreram na terça-feira devido à explosão dos pagers. Ao menos 12 pessoas morreram, incluindo duas crianças, e outras 2,8 mil ficaram feridas na terça. A organização político-militar e integrantes do próprio governo do Líbano culparam Israel.
Walkie-talkies foram comprados cinco meses atrás
Os rádios portáteis foram adquiridos pelo Hezbollah há cinco meses, na mesma época em que os pagers foram comprados. A agência de notícias libanesa também declarou que sistemas de energia solar de casas e aparelhos para biometria em Beirute também explodiram.
As explosões simultâneas dos pagers de terça-feira (17) já deixaram 12 pessoas mortas, inclusive a filha de 10 anos de um membro do Hezbollah. Entre os feridos, está o embaixador iraniano em Beirute, Mojtaba Amani, e matou a filha de 10 anos de um membro do Hezbollah,
Uma fonte próxima ao Hezbollah atribuiu as explosões a um ataque cibernético “israelense”. De acordo com o jornal The New York Times, os explosivos foram escondidos nos aparelhos pelas forças do estado de Israel.
As principais companhias aéreas como Lufthansa e Air France suspenderam seus voos para Tel Aviv, Teerã e Beirute até quinta-feira (19).
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