A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), prenderam o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha.
Investigações do caso Marielle
O mecânico é acusado de se desfazer do carro utilizado no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. A prisão ocorreu na tarde desta quarta-feira (28).
Segundo as investigações, Orelha teria levado o veículo — um Cobalt –para um desmanche no Morro da Pedreira, na zona norte do Rio de Janeiro. O mecânico seria conhecido de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos como executores do crime.
Em delação premiada, Élcio de Queiroz afirmou que o mecânico foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, para se livrar do veículo. Orelha foi escolhido para dar sumiço no carro por ter sido dono de um ferro-velho.
As investigações apontaram que dois dias depois do assassinato, Ronnie e Élcio levaram Orelha até o local onde estava o veículo guardado. Na delação, Élcio contou que depois do encontro com o mecânico ficou sabendo por Suel que o carro foi para um desmanche no “Morro da Pedreira”.
Resposta final
Em janeiro, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que as investigações do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes terão “uma resposta final” até o fim de março.
“É um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle”, garantiu Rodrigues.
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