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Bicheiro Piruinha vai a julgamento hoje, após pedido de adiamento feito por MP

Promotoria alega que crime foi uma retaliação por dívida de R$ 500 mil
25/04/2024 | 14h01

O julgamento do bicheiro Piruinha — José Caruzzo Escafura — está marcado para esta quinta-feira (25) no 3º Tribunal do Júri. Ele é acusado pelo homicídio do comerciante de carros Natalino José do Nascimento Espínola, ocorrido em julho de 2021, em Vila Valqueire.

A vítima teria contraído uma dívida de meio milhão de reais junto à filha de Piruinha, Monalizza Neves Escafura. Além de Piruinha, Monalizza e o policial militar (PM) Jeckson Lima Pereira estão envolvidos no caso, sendo este último apontado como executor do homicídio.

A promotoria alega que o crime foi uma retaliação pelo não pagamento da dívida.

O julgamento foi remarcado para 16 dias após o adiamento inicial.

Adiamento

O adiamento ocorreu porque o Ministério Público adicionou mais dois processos: um envolvendo Monalisa Neves Escafura, filha de Piruinha, que está foragida, e outro relacionado ao segurança dela, o PM Jeckson Lima Pereira, que estava detido há dois anos.

Segundo o Ministério Público (MP), os casos de Monalliza e Jeckson foram incluídos no processo em andamento e que não houve tempo suficiente para analisar os procedimentos.

Durante a sessão do dia 9 de abril, a Justiça concedeu a liberdade provisória a Jeckson — a perícia técnica mostrou que o carro usado no crime não pertencia ao pai do policial, como inicialmente alegado pela investigação.

Já a defesa de Piruinha solicitou o fim de sua prisão preventiva, porém o juiz não concedeu o pedido.

“Um dos fundamentos da acusação foi invalidado por uma perícia técnica. Por esse motivo, sou a favor da liberdade de Jeckson. No caso de José Escafura, discordo de sua liberação, uma vez que ele já teve prisão domiciliar e remoção da tornozeleira. Além disso, sua saúde está em boas condições”, afirmou o promotor.

Assassinato foi uma forma de punição por dívida

O Ministério Público alega que o assassinato foi uma forma de punição contra Neto, por não ter pago uma dívida. Neto costumava investir em empreendimentos imobiliários a pedido de Monalizza, mas dois desses projetos, em Queimados, na Baixada Fluminense, e Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, apresentaram problemas e causaram um prejuízo de R$ 500 mil a Monalizza.

As investigações indicam que Piruinha e Monalizza estavam envolvidos em uma série de crimes contra Neto, incluindo ameaças, extorsão, falsidade ideológica e perda total da posse de propriedades, antes de decidirem pelo assassinato da vítima.

 

Bicheiro Piruinha vai a julgamento por homicídio

Piruinha foi um dos 14 bicheiros presos e condenados pela juíza aposentada Denise Frossard, em 1993. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Bicheiro Piruinha

O bicheiro Piruinha foi detido há dois anos durante uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público estadual.

O MP afirma que “Exerce [Piruinha], há décadas, o domínio do jogo do bicho em diversas regiões da cidade”.

No fim de 2023, sofreu um acidente no banheiro da prisão e, desde então, está em prisão domiciliar por questões de saúde.

Ele é acusado de homicídio e extorsão, além disso, “Piruinha ainda arrenda outras áreas para exploração de jogos de azar para outros contraventores”, diz MP.

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