Por Bruna Fanti
(Folhapress) — Um adolescente de 17 anos foi apreendido nesta quinta-feira (20) sob suspeita de atear fogo em um morador de rua no Rio de Janeiro. O crime ocorreu na madrugada de terça (18), em Jacarepaguá, na zona oeste, e foi transmitido ao vivo em uma rede social.
O jovem, segundo a polícia, é integrante de um grupo voltado à prática e incitação a crimes de ódio em plataformas digitais. A quadrilha já vinha sendo monitorada. A reportagem não localizou sua defesa.
A vítima foi identificada como Ludierley Satyro José, de 46 anos, e está internada no Hospital Estadual Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona oeste. O seu estado de saúde ainda não foi divulgado.

Momento em que o agressor ateia fogo no morador de rua (Foto: Reprodução)
Nas imagens, o jovem aparece de máscara e acendendo dois artefatos que a polícia acredita serem sinalizadores; em seguida, ele joga em cima do morador de rua que dormia no chão de uma calçada, envolto em um cobertor. As chamas rapidamente se alastram.
A detenção foi feita por investigadores da Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), em conjunto com 41ª DP (Tanque).
Segundo os investigadores, um parente do menor foi quem procurou a delegacia e ajudou na apreensão. O adolescente foi localizado na casa da avó, no mesmo bairro onde ocorreu o crime.
Histórico do adolescente
A reportagem apurou que o jovem perdeu a mãe ainda bebê e, desde então, a guarda passou a ser compartilhada com o pai e a avó materna. Após suspeitas de agressão, a guarda foi dada somente à avó.
Em nota, a Polícia Civil informou que “foi cumprido um mandado de busca e apreensão por fatos análogos aos crimes de tentativa de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa, além da prática de apologia ao nazismo”.
“Com o adolescente, os policiais ainda apreenderam um aparelho celular com conteúdo de pornografia infantil e apologia ao nazismo. Por esse fato, ele ainda foi autuado em flagrante por ato infracional análogo ao crime de armazenamento de conteúdo pornográfico infantil”, acrescentou a corporação.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos.
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