A Americanas registrou prejuízo financeiro de R$ 12,9 bilhões. É o que informa balanço de 2022 da empresa divulgado nesta quinta-feira (16), após uma série de adiamentos no prazo de publicação.
A medida era uma passo fundamental para o acordo com os credores da empresa, que pediu recuperação judicial após virem à tona fraudes contabéis com um rombo bilonário nas contas da varejista.
Para fechar os números do balanço, a Americana recorreu, segundo informações do jornal Estadão, aos ex-executivos Marcelo Nunes e Flávia Carneiro, demitidos pela empresa suspeitos de participação na fraude contábil que levou a varejista à crise atual.
Há cerca de um mês, o jornal informa que eles se reuniram na sede da empresa, em reunião com o presidente do varejista, Leonardo Coelho, e desde então vêm participando dos trabalhos de fechamento dos números , por meio de interações por vídeo.
Marcelo Nunes era diretor financeiro e Flávia Carneiro, superintendente de controladoria da Americanas quando a fraude foi revelada, em janeiro.
As informações de pessoas ligadas à companhia a par da situação são de que o novo departamento financeiro da Americanas — com uma equipe reformulada e liderada desde fevereiro pela diretora financeira e de relações com investidores, Camille Loyo Faria, ex-executiva da Oi — encontrou muitas dificuldades em tratar com os números do passado.
O primeiro adiamento da entrega do balanço da Americanas ocorreu em março deste ano. Desde então, a entrega foi adiada cinco vezes, até a última previsão para entrega, nesta quinta-feira (16).
O QUE DIZ A AMERICANAS
Procurada e questionada pelo Estadão, sobre a presença de ex-executivos no trabalho e se eles teriam sido recontratados, a Americanas preferiu não se manifestar. A defesa dos executivos não respondeu à reportagem.
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