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Ernesto “Che” Guevara, um nome que ressoa poderosamente na história, não apenas como ícone, mas como voz de resistência e mudança. Este revolucionário, cujas ações e palavras transcenderam as fronteiras de seu país natal, Argentina, e de Cuba, a terra que o adotou, continua a inspirar aqueles comprometidos com a luta pela justiça e pela igualdade.

Mas além do mito, quem foi Che Guevara? Este artigo desvenda a vida deste emblemático lutador da liberdade, desde suas origens até sua morte, sem esquecer do persistente eco de seu legado nos corações e mentes dos que sonham com um mundo mais justo.

Vamos, juntos, explorar as profundezas de seu compromisso com a causa revolucionária, acompanhando as marcas que deixou, tanto nas lutas que travou quanto nas vidas que tocou — incluindo a de seus filhos, que orgulhosamente perpetuam sua memória.

Quem foi Che Guevara?

Ernesto “Che” Guevara marca forte presença no cenário político e cultural global. Conhecido por muitos devido às icônicas camisetas e frases marcantes, Che é mais do que um rosto estampado na moda ou um conjunto de citações inspiradoras. Sua história é a de um homem que se dedicou, de corpo e alma, à causa da liberdade e da justiça social.

Infância e juventude de Che

Ernesto “Che” Guevara nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, Argentina, no seio de uma família com forte legado de ativismo político e social. Influenciado por uma educação progressista, desde cedo, Che tomou consciência das injustiças sociais que o cercavam.

Sua juventude foi marcada pela exposição a diversas perspectivas políticas e culturais em um ambiente familiar no qual eram debatidos, abertamente, assuntos sobre desigualdade social e a urgência de reformas políticas. Essas experiências moldaram seu caráter e direcionaram sua vida ao ativismo em favor dos desfavorecidos.

Como o mais velho de cinco irmãos, Che experimentou um ambiente doméstico de resistência e solidariedade. Seu pai, um apoiador dos republicanos na Guerra Civil Espanhola, acolhia veteranos e monitorava atividades nazistas em Córdoba durante a Segunda Guerra Mundial, envolvendo o jovem Ernesto nesses esforços.

A luta de Che contra a asma desde a infância foi apenas um dos muitos desafios que enfrentou. Mais do que isso, ele foi movido por um profundo desejo de compreender e transformar as injustiças sociais e políticas que presenciava.

Sua jornada transformadora pela América Latina, imortalizada nos “Diários de Motocicleta”, expôs Che à realidade dura de extrema pobreza, desigualdades e opressão, solidificando seu comprometimento com a busca por um mundo mais justo e igualitário.

Diários de motocicleta

A viagem de Ernesto Che Guevara pela América Latina, em 1952, marcou o início de sua transformação em um ícone da luta revolucionária. Acompanhado pelo amigo Alberto Granado, a aventura começou sobre uma moto Norton de confiabilidade questionável.

Com pouco dinheiro no bolso, a dupla trilhou caminhos que cortaram Chile, Peru, Colômbia e Venezuela, testemunhando cenários de pobreza extrema e exploração. A experiência foi tão impactante que, mesmo após a moto falhar no Chile, eles seguiram viagem, dependendo da generosidade de estranhos e de caronas improvisadas.

Che Guevara e a descoberta da América Latina

Ernesto Guevara (à direita) com Alberto Granado (esquerda) em junho de 1952.

Ernesto Guevara (à direita) com Alberto Granado (esquerda) em junho de 1952

Durante sua jornada pela América Latina, Che Guevara foi confrontado com as profundas cicatrizes de exploração e as lutas comuns que marcavam a região. Observou a miséria desde os mineiros de cobre chilenos, desprovidos de necessidades básicas, até os camponeses peruanos, que mal sobreviviam trabalhando em terras que não eram suas.

Este encontro com as adversidades vivenciadas pela classe trabalhadora sul-americana se tornou um marco em sua vida, despertando uma profunda indignação e solidariedade pelos oprimidos.

Che, junto com Alberto Granado, respondeu a estas injustiças oferecendo seus serviços médicos voluntariamente às comunidades carentes que encontravam.

Ernesto Guevara, ainda na fase inicial de sua carreira médica, começou a entender que os problemas que testemunhava necessitavam de soluções além dos tratamentos convencionais.

Ele e Granado perceberam que a injustiça social era a enfermidade mais severa que afligia a América Latina, uma condição que demandava ações revolucionárias além de meros paliativos médicos.

De médico a revolucionário

A passagem por terras bolivianas, peruanas, chilenas e, enfim, guatemaltecas não apenas expandiu o horizonte geográfico de Che, mas transformou radicalmente sua visão de mundo e seu propósito de vida.

Ao retornar a Buenos Aires, Guevara não era mais apenas um recém-formado em Medicina. Ele carregava consigo uma crença na necessidade de uma revolução continental, uma América Latina unificada na luta contra a exploração capitalista e a opressão política.

Seu relato, mais tarde compilado no livro “Diários de Motocicleta” e eternizado em filme de mesmo nome, não apenas nos oferece um vislumbre dos primeiros passos de Che Guevara na estrada que o levaria a ser uma das figuras mais emblemáticas do século 20, mas também serve como um chamado à ação. Por suas páginas, Che nos convida a reconhecer as injustiças ao nosso redor e a agir para transformar essa realidade.

Guatemala e primeiros passos na luta revolucionária

Che Guevara chegou à Guatemala no fim de 1953, um país então sob a liderança progressista do presidente Jacobo Árbenz. Este período foi decisivo em sua jornada, marcando sua primeira imersão profunda na política revolucionária.

Foi nesse período que a Guatemala enfrentava um golpe militar, instigado e apoiado pela CIA, contra o governo progressista do presidente Jacobo Árbenz. Árbenz havia implementado uma série de reformas sociais e econômicas, incluindo uma importante reforma agrária que ameaçava os interesses comerciais estrangeiros, especialmente os da United Fruit Company, uma corporação americana com profundos laços com o governo dos EUA.

Che chegou à Guatemala com o objetivo de trabalhar como médico, mas rapidamente se viu envolvido em um contexto de intensa turbulência política. A situação o expôs à realidade brutal da dominação estrangeira e ao impacto de políticas imperialistas na América Latina.

Ele presenciou no país as táticas de desestabilização dos Estados Unidos para derrubar um governo democraticamente eleito, que almejava promover justiça social e igualdade para sua população.

Essa experiência foi decisiva para consolidar sua crença na luta armada como o único meio viável de combater a opressão e instaurar mudanças sociais significativas.

Conexões e consequências

Durante seu tempo na Guatemala, Che estreitou laços com militantes e revolucionários, incluindo Hilda Gadea, com quem desenvolveria um relacionamento significativo. Foi lá que ele adquiriu o apelido pelo qual seria mundialmente conhecido: “Che”.

A perseguição e as dificuldades enfrentadas após o golpe, incluindo a prisão de Gadea e a busca de refúgio na embaixada argentina, reforçaram sua determinação e seu compromisso com a causa revolucionária.

Essa fase de sua vida representa a transição de um médico preocupado com questões sociais para um revolucionário disposto a lutar pela liberdade e justiça. A Guatemala ensinou a Che a dura realidade de que as reformas sociais enfrentam resistências violentas de poderes estabelecidos, especialmente quando elas ameaçam interesses econômicos poderosos.

Rumo ao México

Forçado a deixar o país após o golpe, Che se mudou para o México. Lá, ele se conectaria a um grupo de exilados cubanos liderados por Raúl e Fidel Castro, marcando o início de uma nova fase em sua jornada revolucionária.

Fidel Castro e Che Guevara.

Fidel Castro e Che Guevara. Foto: Cuba’s Council of State Archive/ AFP

Este encontro não apenas ampliou seu entendimento da luta latino-americana, mas também o colocou no caminho que eventualmente o levaria à Revolução Cubana.

A Guatemala foi mais do que apenas um capítulo na vida de Che. Foi o local onde seu destino como um dos mais emblemáticos líderes revolucionários do século 20 foi selado.

A revolução cubana

O percurso de Che Guevara até se tornar uma lenda revolucionária foi marcado por sua participação fundamental na Revolução Cubana. Sua determinação para derrubar a tirania de Fulgêncio Batista em Cuba se fortaleceu após encontrar os irmãos Castro no México.

Como médico, fotógrafo e, mais tarde, comandante guerrilheiro, Che transformou-se no braço direito de Fidel Castro, compartilhando com ele a visão de uma Cuba livre do imperialismo e governada pelos princípios da igualdade e justiça social.

Contribuição estratégica e ideológica

Desde os primeiros combates até a memorável vitória em Santa Clara, Che não só demonstrou capacidade tática como também se tornou uma voz influente na formulação dos princípios ideológicos da revolução.

Sua capacidade de liderar pelo exemplo, participando ativamente do treinamento guerrilheiro e enfrentando os mesmos riscos que seus companheiros, solidificou seu status como um dos líderes mais respeitados e admirados da revolução.

Che Guevara personificou o ideal revolucionário de sacrifício, solidariedade e internacionalismo, contribuindo significativamente para a identidade e os objetivos do movimento.

Che e um governo revolucionário em Cuba

Após a vitória revolucionária, Che não se acomodou nas conquistas. Foi-lhe confiada a tarefa de dirigir a prisão de La Cabaña, onde supervisionou o julgamento dos crimes da era Batista.

Posteriormente, suas responsabilidades se expandiram para incluir cargos significativos no novo governo, como chefe do Departamento Industrial do Instituto Nacional de Reforma Agrária, presidente do Banco Nacional de Cuba, e ministro da Indústria.

Em cada função, ele aplicou sua visão de um mundo mais justo, promovendo reformas agrárias, alfabetização e saúde para todos. Suas políticas e discursos refletiam uma visão de Cuba com justiça social e resistência contra a opressão, ganhando reconhecimento internacional como um símbolo do anti-imperialismo.

Contribuição ao governo cubano

Embora tenha sido um defensor fervoroso do alinhamento de Cuba com a União Soviética para garantir a soberania da ilha, Che não se contentou com o status quo.

Sua desilusão com os rumos da política cubana e o desejo ardente de espalhar a revolução para outros países o levaram a aventuras revolucionárias na África e, finalmente, na Bolívia, onde encontrou seu trágico fim.

Che Guevara deixou uma marca na história de Cuba e no imaginário revolucionário global. Seu compromisso com a transformação social não se limitou às fronteiras cubanas: ele sonhou e lutou pela libertação de toda a América Latina.

Internacionalismo revolucionário

Como já vimos, Che Guevara expandiu sua visão revolucionária muito além dos limites cubanos, alcançando a África e a América Latina., visando acender a chama da revolução globalmente.

Che Guevara e a África

Em meados da década de 1960, Che embarcou em uma missão no Congo, movido pelo desejo de apoiar a luta contra o colonialismo e a opressão. Seu tempo na África foi marcado por desafios significativos, incluindo diferenças linguísticas, culturais e a falta de um movimento revolucionário organizado.

Apesar de todo o seu esforço e habilidade em guerrilha, a missão no Congo não saiu como ele esperava. Esta experiência não apenas testou sua determinação, mas também lhe ensinou muito sobre como lutar por mudanças em lugares muito diferentes de Cuba.

Mesmo que as coisas não tenham ido como planejado, a missão reforçou a crença de Che de que as estratégias de revolução precisam ser adaptadas para cada lugar específico. Essa lição de adaptabilidade e compreensão das lutas locais é parte importante do seu legado.

Che sempre acreditou na missão de ajudar aqueles que lutam contra a opressão, onde quer que estejam. Sua jornada mostrou o quanto ele estava comprometido em apoiar lutas pela liberdade no mundo todo.

Uma voz revolucionária na ONU

Em 1964, Che representou Cuba na ONU e denunciou vigorosamente as injustiças globais, incluindo o apartheid e a política dos EUA em relação aos afro-americanos. O compromisso com o internacionalismo revolucionário ficou claro em seu discurso.

Ele criticou a complacência internacional e defendeu a solidariedade global contra o imperialismo, reforçando sua estatura como um defensor fervoroso dos oprimidos.

Che Guevara através das gerações

O legado de Che Guevara como internacionalista revolucionário transcende suas missões ao redor do mundo. Sua visão de um mundo livre de opressão e sua disposição para lutar pela justiça em qualquer parte do globo continuam a inspirar movimentos de libertação.

Sua ousadia em levantar a voz na ONU contra as injustiças refletiu o alcance de seu compromisso com a causa revolucionária, um testemunho de sua crença na revolução como uma luta verdadeiramente global.

Bolívia: o último campo de batalha

Persistente em sua crença de que a revolução era necessária e possível em outras partes da América Latina, Che partiu para a Bolívia em 1966. Lá, ele esperava estabelecer um foco guerrilheiro que desencadearia uma série de revoltas em todo o continente.

No entanto, o país apresentou um conjunto único de desafios: um terreno político complexo, falta de apoio local, dificuldade de comunicação com os povos indígenas e uma repressão intensa por parte do governo boliviano e seus aliados internacionais.

Além dessas dificuldades, Che e seus companheiros enfrentaram uma repressão brutal por parte das forças armadas bolivianas, apoiadas de forma oculta por aliados estrangeiros, incluindo a CIA, que há muito tempo acompanhava os passos do guerrilheiro, a fim de garantir a continuidade do domínio dos Estados Unidos.

O movimento internacional contrário à revolução resultou em uma perseguição implacável que restringiu drasticamente a mobilidade e as ações dos guerrilheiros. Apesar disso, Che continuou perseverante, mantendo-se fiel ao seu princípio de que apenas a luta revolucionária poderia conduzir à verdadeira libertação.

O apoio da CIA ao governo boliviano na captura de Guevara evidencia o desafio global que ele enfrentava. Isolado, com poucos aliados e sem o apoio do Partido Comunista Boliviano, Che viu suas táticas guerrilheiras serem minadas por uma campanha de contra-insurgência bem orquestrada.

Morte de Che Guevara

A jornada revolucionária de Ernesto “Che” Guevara encontrou um fim abrupto em 9 de outubro de 1967. Sua captura pelas forças militares bolivianas, sob a supervisão direta da CIA, culminou em sua morte.

O último ato de desafio de Che frente aos seus executores demonstrou a coragem e a convicção que o caracterizaram ao longo de sua jornada revolucionária. Dizendo “Atire, covarde, você só vai matar um homem!”, ele enfrentou seu destino e, contra o que imaginavam os bolivianos, tornou-se, ali, um símbolo eterno da luta pela liberdade e igualdade.

A morte de Che Guevara ecoou pelo mundo, transformando-o instantaneamente em um mártir e uma figura de inspiração para gerações futuras. As circunstâncias de sua morte, uma execução sem julgamento após uma captura que o deixou ferido e indefeso, destacaram a brutalidade contra a qual lutava.

Longe de ser apagado pela morte, o legado de Che Guevara se multiplicou. A descoberta de seus restos mortais em 1997 e a subsequente repatriação para Cuba fortaleceram ainda mais seu status como ícone global da resistência contra a opressão.

Che vive nas artes, na música, em literaturas e em corações e mentes ao redor do mundo, seu rosto estampado em camisetas e murais como símbolo de desafio e esperança.

O eterno legado de Che Guevara

Guerrillero Heroico, 1960

Guerrillero Heroico, 1960. Foto: Alberto Korda

Desde o momento de sua morte, Che Guevara se transformou em mais do que um homem; ele virou um símbolo. Seu retrato, capturado por Alberto Korda, tornou-se um dos mais icônicos do século 20, estampando camisetas, murais e bandeiras em diversos cantos do planeta.

A influência de Che transcendeu fronteiras, inspirando não apenas movimentos revolucionários, mas também a cultura popular. Músicas como “Soy Loco por Ti, América”, interpretada por Caetano Veloso, capturam a admiração e o carinho que muitos sentem por Che e pela causa que ele representava.

Sua vida inspirou obras literárias e cinematográficas, perpetuando sua memória como um lutador incansável pela justiça social e repercutindo por gerações, estimulando o debate sobre liberdade, justiça social e soberania.

Che vive nas ações e no espírito daqueles que continuam a lutar por um mundo mais justo, provando que, de fato, ninguém morre enquanto for lembrado. Ele vive como um lembrete de que, nas palavras de Eduardo Galeano, “muita gente pequena, em lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, podem mudar o mundo”.

Vida pessoal: Che Guevara e filhos

Che Guevara também era um pai dedicado. Sua vida familiar, embora muitas vezes ofuscada por suas campanhas militares e políticas, revela um homem que, apesar de sua imensa dedicação à causa revolucionária, valorizava profundamente o vínculo com seus filhos.

Che Guevara: o pai

Che Guevara com filhos do segundo casamento. Reprodução: Domínio Público

Che Guevara com filhos do segundo casamento. Foto: Domínio Público

Che teve cinco filhos de dois casamentos. Com sua primeira esposa, Hilda Gadea, teve Hilda Beatriz. Seu segundo casamento, com Aleida March, resultou em quatro filhos: Aleida, Camilo, Celia e Ernesto. Estes últimos cresceram em uma Cuba profundamente marcada pelo legado de seu pai.

Apesar da ausência física de Che, devido às suas obrigações revolucionárias, a conexão com seus filhos permaneceu forte. Por meio de cartas e pequenos gestos, como desenhos ou breves encontros disfarçados — nos quais se apresentava como um amigo do papai —, Che procurava estar presente na vida de seus filhos, deixando claros seu amor e esperança por um futuro melhor para eles e para o mundo.

A lembrança de ver a imagem de seu pai multiplicada nas ruas, sem entender inicialmente sua importância, é significativa para todos os filhos ainda vivos. Os filhos de Che carregam não só seu sobrenome, mas um profundo respeito por sua memória e legado.

Cada um, a seu modo, contribui para manter viva a imagem de Che Guevara, seja através da medicina, do direito ou do turismo cultural. Eles refletem sobre o impacto de seu pai, não apenas como um revolucionário, mas como um ser humano com uma visão profundamente enraizada na igualdade e justiça para todos.

Aleida, Camilo, Celia e Ernesto são a prova viva de que os valores de Che Guevara — solidariedade, justiça e um profundo amor pela humanidade — continuam a influenciar e a inspirar.

Aleida Guevara: continuando o legado

Aleida Guevara, a filha (viva) mais velha continua a ser uma voz poderosa na promoção da justiça social, carregando o legado de seu pai com dignidade e compromisso. Sua vida é um testemunho do legado de Che, unindo seu profissionalismo médico ao compromisso com a justiça social.

Médica e militante

Aleida Guevara, filha de Che Guevara. Reprodução: Bernardo Montoya / Reuters

Aleida Guevara, filha de Che Guevara. Foto: Bernardo Montoya/ Reuters

Aleida escolheu a medicina como sua forma de contribuir para a sociedade, seguindo os passos de seu pai, que também era médico. Sua carreira como pediatra reflete o compromisso de Che com os cuidados de saúde como um direito humano fundamental.

Além de sua prática médica em Cuba, Aleida tem servido em missões internacionais em países como Angola, Nicarágua e Equador, demonstrando o mesmo espírito internacionalista que seu pai defendia.

Aleida também é protagonista na preservação e na promoção do legado de Che Guevara. Ela viaja pelo mundo, participando de conferências e eventos, compartilhando as ideias e os ideais de seu pai com novas gerações.

Suas palavras ressoam com aqueles que buscam inspiração na vida e na luta de Che por um mundo mais justo, destacando uma vida dedicada à luta contra a opressão em todas as suas formas. Ela defende a suspensão da dívida dos países subdesenvolvidos e luta por um mundo onde os direitos humanos sejam respeitados universalmente.

Aleida Guevara não é apenas a filha de um revolucionário icônico: ela é uma força revolucionária por direito próprio. Sua vida de serviço e ativismo é um testemunho do poder duradouro do legado de Che Guevara e um lembrete de que a luta por um mundo melhor é uma responsabilidade compartilhada por todas as gerações.

“Até a vitória, sempre!”

As palavras finais de Che, enviadas a Fidel Castro ao partir para a Bolívia, demonstram sua determinação e esperança eternas. Che Guevara não via a revolução como um objetivo limitado a um país ou região específica. Para ele, ela era uma luta global contra a opressão.

Che Guevara, o internacionalista revolucionário, permanece e permanecerá, para sempre, como um exemplo de coragem e dedicação inabalável à visão de um mundo melhor.

 

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