Os políticos conservadores da União Democrata Cristã (CDU), de Friedrich Merz, venceram as eleições na Alemanha, bem à frente dos partidos rivais, mas com pouco menos dos 30% de votos que esperavam conseguir.
“Vamos comemorar esta noite e de manhã começaremos a trabalhar”, disse ele aos apoiadores. Sua prioridade imediata é tentar formar um governo com os social-democratas de Olaf Scholz, que estão em terceiro lugar.
Mesmo antes da definição do resultado, Merz disse que sua principal prioridade era a unidade na Europa, para que “passo a passo, possamos realmente alcançar a independência dos EUA”.
Em segundo lugar na votação de domingo chegou o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que está comemorando um resultado recorde de 20,8%.
A candidata do AfD para chanceler, Alice Weidel, deu uma volta olímpica entre seus apoiadores, mas até mesmo seu partido esperava um resultado melhor e o clima na sede do AfD estava contido.

Olaf Scholz (AFP)
Chanceler da Alemanha reconheceu a derrota
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, reconheceu publicamente a derrota de seu Partido Social Democrata (SPD), nas eleições para o parlamento alemão, neste domingo (22).
O partido do Scholz deve acabar em terceiro lugar, de acordo com as pesquisas de boca de urna, com 16% dos votos.
Merz, de 69 anos, nunca ocupou um cargo ministerial, mas prometeu que, se se tornar o próximo chanceler alemão, mostrará liderança na Europa e reforçará o apoio à Ucrânia.
A maioria dos alemães ficou chocada com a conduta do presidente Donald Trump em relação à Ucrânia e à Europa, e Friedrich Merz disse que o líder americano mostrou que “os americanos são amplamente indiferentes ao destino da Europa”.
Trump rotulou o líder da Ucrânia como “ditador”, e duas de suas principais figuras apoiaram abertamente o AfD na preparação para a votação. O vice-presidente JD Vance foi acusado de interferir na votação durante uma visita a Munique, enquanto o bilionário Elon Musk fez repetidas observações em sua plataforma X.
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