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Nova lista autoriza 605 estrangeiros a deixarem Gaza; brasileiros não estão incluídos

Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse à ABC News que um cessar-fogo na Faixa de Gaza depende da libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas.
07/11/2023 | 06h22

Por Nicolás Satriano

Foi divulgada uma nova lista com nomes de 605 estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza. Entretanto, nenhuma das pessoas que passam a entrar na fila de espera para sair da região é brasileira. A relação publicada hoje, terça-feira (7), foi essa:

  • Alemanha (159 pessoas);
  • Canadá (80);
  • França (61);
  • Filipinas (46);
  • Moldávia (51);
  • Reino Unido (2);
  • Romênia (104);
  • e Ucrânia (102).

O grupo de mais de 30 brasileiros segue à espera de terem os nomes incluídos na lista. O que não significa que será o fim do tormento. Mesmo constando na relação, eles ainda terão que esperar serem chamados para atravessar a Passagem de Rafah, único acesso de Gaza ao Egito e por onde a ajuda humanitária tem entrado a conta gotas.

Enquanto isso, novos bombardeios são realizados por Israel, inclusive no sul de Gaza.

20 MORTES EM RAFAH

As forças de resgate em Gaza anunciaram que cerca de 20 pessoas foram mortas na noite de ontem, segunda-feira (6), em um ataque israelense em Rafah, para onde a população que deixou o norte de Gaza foi evacuada. No início dos ataques, as forças de Israel disseram para os palestinos deixarem a região norte de Gaza, que seria bombardeada, em dreção à região sul.

Agora, o exército israelense ataca justamente o sul de Gaza, onde estão, inclusive, brasileiros que aguardam autorização para cruzar a fronteira em direção ao Egito. A informação foi publicada pelo jornal israelense Haaretz.

1 MÊS DE GUERRA

A guerra entre Israel e Hamas completou um mês, depois que um ataque terrorista do grupo palestino matou em território israelense pelo menos 1.300 pessoas e feriu mais de 3.300. O Hamas e a Jihad Islâmica Palestina mantêm como reféns mais de 242 soldados e civis , incluindo cidadãos estrangeiros.

Ontem, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse à ABC News que um cessar-fogo na Faixa de Gaza depende da libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas. Netanyahu afirmou que Israel poderia permitir “pausas tácticas” para fins humanitários.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse ontem que 89 funcionários da agência da ONU que ajuda os refugiados palestinos, conhecida como UNRWA , foram mortos em Gaza no mês de guerra entre Israel e o Hamas.

Isto é mais “do que em qualquer período comparável na história da nossa organização”, disse ele aos jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque, acrescentando que muitos dos funcionários foram mortos juntamente com membros das suas famílias.

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