A redemocratização do Brasil é um dos temas que precisa ser recorrente dentro e foras das salas de aula. Na verdade, acredito que após anos com o país sob a repressão de governos militares o tema deveria ser, cada vez mais, recorrente para além dos espaços acadêmicos e nichos políticos.
Nos últimos anos assistimos o avanço e o crescimento do conservadorismo. Cenários conturbados da sociedade brasileira em que o ódio, racismo, preconceitos e intolerância são facilmente substituídos pela “expressão” opinião pessoal.
Ou por assim dizer, essas violências e ataques aos direitos garantidos são, cotidianamente, camuflados em opinião pessoal dentro da nossa sociedade e passam a fazer parte das nossas relações pessoais.
Um olhar mais atento à História das sociedades contemporâneas, nos permite enxergar e compreender que conflitos e disputas territoriais e religiosos nunca deixaram de fazer parte das transformações sociais.
Sim, nunca deixaram! E mesmo hoje, com todo processo politico, econômico, social e cultural para promover um país mais democrático e laico os desafios são inúmeros e as tentativas de suprimir direitos garantidos ainda assombram as nossas realidades.
De fato, a redemocratização nos trouxe desdobramentos sociais, políticos e culturais. O fim da censura, a abertura para o pluripartidarismo, a retomada e expansão de ações de movimentos populares, a promoção da liberdade de expressão etc.
Mas não podemos nos esquecer que as palavras ‘democracia e liberdade’ ainda não são realidades para pessoas negras que cotidianamente são vítimas de racismo. Para adeptos das religiões de matrizes africanas vítimas de intolerância religiosa. Para pessoas em situações de vulnerabilidade social e econômica que, ainda, não são consideradas cidadãs brasileiras.
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