Citado no caso Marielle Franco, Domingo Brazão parece ter uma receita de sucesso para ganhar dinheiro. Afinal, o atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE–RJ) conseguiu fazer crescer o próprio patrimônio em mais de 800%. E em apenas oito anos.
De acordo com o jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, entre 2006, quando ele foi eleito para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e 2014, ao disputar a última eleição, o patrimônio de Brazão saltou de R$ 1,2 milhão para R$ 11,4 milhões.
Os valores, informados pelo próprio Brazão, quando do registro de suas candidaturas a deputado estadual, somam uma evolução de 817% em oito anos. Em 2010, os bens somavam R$ 5 milhões.
Segundo o jornalista, quando Brazão se candidatou à Alerj, em 2006, os itens mais valiosos no patrimônio informado à Justiça Eleitoral eram um terreno na Zona Oeste carioca, avaliado em R$ 270 mil, uma Mitsubishi Pajero 2004 (R$ 198,5 mil) e um apartamento na Barra da Tijuca (R$ 196 mil).
Já em 2014, no entanto, o patrimônio mudou de patamar. Os bens de maior valor eram um Porsche 2012 (R$ 299 mil), uma casa na Barra da Tijuca (R$ 930 mil), 99% das cotas da FB Participações (R$ 990 mil), um aporte de R$ 1,9 milhão para aumentar o capital da empresa e R$ 3,4 milhões em cotas de outra companhia, a Superplan Administradora de Bens, além de R$ 180 mil em dinheiro vivo, guardados em um cofre.
QUINTO DO OURO
Em 2017, Brazão foi alvo da Operação Quinto do Ouro, que apurou supostos recebimentos de propina por membros do TCE–RJ, e chegou a ficar preso temporariamente.
Atualmente, o conselheiro responde a uma ação penal no Superior Tribunal de Justiça por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além dele, outros quatro conselheiros são réus no mesmo processo.
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