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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não espera enfrentar desafios para aprovar a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil no Congresso. “O desafio não vai ser isentar, mas vai ser compensar. Teremos que ir para o andar de cima”, disse Haddad durante entrevista exclusiva no ICL Notícias 1ª edição, desta sexta-feira (21), ao jornalista Leandro Demori e à economista e apresentadora do ICL Mercado de Investimentos, Deborah Magagna.
Segundo Haddad, é preciso fazer com que as pessoas que ganham mais entendam que elas não estão “pagando nada”, que quem paga é o trabalhador descontado em 27,5%.
“Vamos verificar como é a distribuição de renda no Brasil. Quem paga mais é a população trabalhadora, os funcionários públicos – professores, enfermeiros, que têm desconto na folha. Por que buscar a justiça tributária virou pecado?”, disse em entrevista ao ICL.
Segundo Haddad, “quem grita mais no Brasil” é normalmente quem não paga mais imposto, enquanto a “população mais atingida grita menos”.
Ao ICL, Haddad exalta reforma tributária histórica
O ministro da Fazenda também exaltou a reforma tributária do consumo, recentemente regulamentada pelo presidente Lula.
“Estamos fazendo a reforma tributária [do consumo] mais ambiciosa e progressista da história do Brasil! Prevemos via cashback que pessoas inscritas no CadÚnico [Cadastro Único] tenham parte do imposto pago devolvido”, pontuou.
Segundo Haddad, a reforma organiza o arcabouço tributário ao distribuir o “ônus para mais pessoas”, fazendo com os que os “privilegiados paguem mais” para que a população de baixa renda possa pagar menos. “Queremos inverter as resistências conhecidas, que quem não paga passe a pagar”, frisou.
Marca do governo Lula 3
Haddad disse que a reforma tributária será a marca do terceiro mandato do presidente Lula.
“Esse é o grande trunfo deste terceiro mandato do presidente Lula, a aprovação da maior reforma tributária da História (…) Não estamos preocupados em aumentar a arrecadação — estamos promovendo justiça tributária”, disse.
Porém, segundo Haddad, isso não está sendo suficientemente reconhecido pelo “nosso campo” progressista.
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