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Os índices futuros dos EUA operam mistos, nesta manhã de segunda-feira (9), enquanto os investidores digerem os últimos dados de emprego no país e aguardam a divulgação de indicadores de inflação ao longo da semana. Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central faz a última reunião do ano (dias 10 e 11), quando deve subir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, conforme expectativa do mercado. Mas há até mesmo quem aposte em uma alta de 1 ponto percentual.

Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) serão publicados na quarta (11) e na quinta-feira (12), respectivamente.

Os dados são usados como balizadores da política monetária. O Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) realiza a última reunião do ano nos próximos dias 17 e 18 de dezembro.

A ferramenta CME FedWatch indica que os mercados estão precificando uma probabilidade de 85% de que a taxa de juros seja reduzida em 0,25 ponto percentual na reunião da semana que vem.

Dentro dessa seara, trouxe tranquilidade ao mercado norte-americano a declaração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que no domingo (8) disse que não pretende substituir o presidente do Fed, Jerome Powell, ao assumir o cargo em janeiro.

Na Europa também tem decisão dos juros na semana. A expectativa de agentes é que o BCE (Banco Central Europeu) reduza os juros em 0,25 ponto percentual.

No Brasil, nesta segunda-feira, os destaques são o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) referente à primeira quadrissemana de dezembro, que oferece uma visão sobre a evolução da inflação, e o Boletim Focus, com as expectativas de indicadores econômicos de analistas do mercado.

Brasil

O dólar renovou a alta histórica na sexta-feira (6), fechando a R$ 6,07, variando 1,13% no dia. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 6,09. Só este ano, o ganho foi de 25,12%. Na quinta-feira (5), a moeda norte-americana caiu 0,6%, cotada a R$ 6,01.

Já a Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, caiu 1,50%, aos 125.945,67 Na quinta, o índice encerrou em alta de 1,40%, aos 127.858 pontos. No ano, a queda acumulada é de 4,72%.

O mercado financeiro mundial na sexta se volta aos novos dados de emprego nos EUA. Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a economia do país acelerou com a criação de novas vagas de emprego em novembro, depois de furacões e de greves registradas no país.

Europa

As bolsas europeias operam em trajetória positiva, com investidores de olho na agitação geopolítica no Oriente Médio após a deposição do presidente sírio Bashar al-Assad no fim de semana.

Na esfera econômica, o BCE deve reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base nesta semana.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,33%
DAX (Alemanha): +0,09%
CAC 40 (França): +0,64%
FTSE MIB (Itália): +0,03%
STOXX 600: +0,22%

Estados Unidos

Nesta segunda-feira, os indicadores operam mistos, com os investidores à espera de dados de inflação ao longo da semana.

Dow Jones Futuro: -0,08%
S&P 500 Futuro: +0,04%
Nasdaq Futuro: +0,13%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam mistas, com destaque para a queda acentuada da bolsa coreana, depois que o presidente Yoon Suk Yeol sobreviveu a uma votação de impeachment. No entanto, ele está sujeito uma investigação criminal sobre a tentativa de impor uma lei marcial na semana passada.

Os mercados chineses também caíram, com os dados de inflação ao consumidor do país reduzindo no mês passado. A leitura, segundo analistas, é ruim, pois aponta que os esforços do governo não foram suficientes para impulsionar a demanda.

Hoje, as lideranças chinesas prometeram medidas fiscais “mais proativas” e uma política monetária mais flexível no ano que vem para impulsionar o consumo doméstico.

Shanghai SE (China), -0,05%
Nikkei (Japão): +0,18%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,76%
Kospi (Coreia do Sul): -2,78%
ASX 200 (Austrália): +0,02%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem enquanto os traders ponderavam cortes maiores do que o esperado pela Arábia Saudita em seus preços de petróleo bruto para a Ásia e as crescentes tensões no Oriente Médio após a derrubada do presidente sírio Bashar al-Assad pelos rebeldes.

Petróleo WTI, +1,41%, a US$ 68,15 o barril
Petróleo Brent, +1,28%, a US$ 72,02 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados de expectativas de Inflação (Fed de Nova York), o Índice de Tendências de Emprego e as vendas e estoques no atacado em outubro.

Por aqui, no Brasil, o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia pode gerar um impacto positivo de 0,34% no PIB do Brasil até 2044, somando R$ 37 bilhões. O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o apoio de setores como indústria, comércio e agricultura, e o potencial para aumentar exportações, gerar empregos e reduzir a inflação. O governo também estimou crescimento de 2,65% nas exportações e 2,46% nas importações. Embora o acordo tenha sido assinado após 25 anos de negociações, ainda precisa ser aprovado pelos países membros, com resistência de países como a França, que pode bloqueá-lo. Alckmin afirmou que os termos não podem ser alterados. Na seara de indicadores, saem o IPC-S (FGV) da 1ª quadrissemana de dezembro e o Boletim Focus do Banco Central.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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