As bolsas de Nova York permanecem fechadas, nesta quinta-feira (9), uma forma do mercado acionário de homenagear o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, que faleceu em dezembro. Mas os índices futuros operam hoje e se movimentam no campo negativo, assim como as bolsas europeias. Apesar disso, a expectativa é de liquidez global baixa.
Após os relatórios de emprego Jolts e ADP divulgados esta semana, os agentes se preparam para a divulgação do mais importante deles, o payroll de dezembro, que será anunciado nesta sexta-feira (10).
A despeito do fechamento do mercado acionário norte-americano, os agentes estarão de olho em falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) nesta quinta-feira.
No Brasil, o destaque é a divulgação das vendas do varejo de novembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O dado é considerado importante para medir o comportamento do consumo no país, refletindo a confiança dos consumidores e o impacto de fatores econômicos no setor.
Brasil
Depois de emplacar dois dias de avanços consideráveis, o Ibovespa voltou a cair, nesta quarta-feira (8), com o cenário externo. O principal indicador da B3, a Bolsa brasileira, apontou queda de 1,27%, aos aos 119.624,51 pontos, uma perda de 1.538,15 pontos.
Depois do cavalo de pau de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, que, na terça-feira (7), anunciou o fim do serviço de checagem de notícias falsas e desinformação, o que aproxima a empresa do futuro governo de Donald Trump, ontem o dia também foi movimentado por falas do presidente eleito dos EUA, que toma posse no dia 20 de janeiro.
A notícia é que Trump está considerando declarar uma emergência econômica nacional para fornecer justificativa legal para uma grande quantidade de tarifas universais sobre aliados e adversários. A informação mexeu com mercados e moedas globais.
Por aqui, o dólar comercial começou o dia subindo com rapidez, mas terminou a sessão com leve alta de 0,09%, a R$ 6,10.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, com a cautela predominando antes da divulgação de dados econômicos da região e em dia de baixa liquidez, devido ao feriado das bolsas de Nova York.
Os investidores avaliam os dados já disponíveis sobre comércio e produção da Alemanha, além dos números de vendas no varejo da zona do euro.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,11%
DAX (Alemanha): -0,20%
CAC 40 (França): -0,32%
FTSE MIB (Itália): -0,51%
STOXX 600: -0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York caem, em dia de feriado das bolsas locais em homenagem ao ex-presidente Jimmy Carter, que morreu no fim de dezembro.
Na véspera, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos ultrapassaram brevemente 4,7%, já que a perspectiva de inflação alimentou as preocupações dos investidores de que o Fed pode desacelerar o ritmo de flexibilização da política monetária neste ano.
Dow Jones Futuro: -0,20%
S&P 500 Futuro: -0,32%
Nasdaq Futuro: -0,46%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam no campo negativo, acompanhando o fluxo de Wall Street e as preocupações com falas recente do futuro presidente dos EUA, Donald Trump, que pretende sobretaxar países, principalmente a China, considerada inimiga pelo republicano de extrema direita.
Das notícias da região, o índice de preços ao consumidor da China subiu 0,1% no mês passado em relação ao ano anterior, enquanto o índice de preços ao produtor caiu 2,3% na comparação anual, recuando pelo 27º mês consecutivo. Esses dados indicam que os esforços de estímulo de Pequim não têm conseguido impulsionar a demanda.
Shanghai SE (China), -0,58%
Nikkei (Japão): -0,94%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,20%
Kospi (Coreia do Sul): +0,03%
ASX 200 (Austrália): -0,24%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, pressionados por grandes aumentos nos estoques de combustível dos EUA na semana passada, embora preocupações com a redução da oferta dos membros da OPEP e da Rússia tenham limitado o declínio.
Petróleo WTI, +0,03%, a US$ 73,34 o barril
Petróleo Brent, +0,08%, a US$ 76,22 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada hoje.
Por aqui, no Brasil, o Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 18,014 bilhões em 2024, a maior saída desde 2020, segundo o Banco Central. Foi o terceiro maior resultado negativo da série histórica, iniciada em 2008. No canal financeiro, o déficit de US$ 87,214 bilhões foi recorde, superando 2019. No comércio exterior, o saldo foi positivo em US$ 69,2 bilhões, com exportações de US$ 300 bilhões e importações de US$ 230,8 bilhões. Na última semana, o fluxo cambial foi negativo em US$ 5,602 bilhões, apesar de superávit comercial de US$ 752 milhões.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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