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Economia

Mercados mundiais operam no positivo; PIB do 3º tri é destaque no Brasil

As projeções indicam expansão entre 0,6% e 1% da economia brasileira no período, abaixo do 1,4% registrado anteriormente
03/12/2024 | 08h02

Os mercados mundiais operam majoritariamente em alta, nesta manhã de terça-feira (3), dia de divulgação do primeiro relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos, o Jolts, de outubro. No Brasil, o destaque do dia é a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), às 9h. As projeções indicam expansão entre 0,6% e 1%, abaixo do 1,4% registrado no segundo trimestre.

Ainda nos Estados Unidos, os analistas aguardam pelos discursos da governadora do Fed (Federal Reserve), Adriana Kugler, e do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, programados para o período da tarde.

A partir das falas, eles vão balizar o que podem esperar da decisão da autoridade monetária na reunião de dezembro a respeito da taxa de juros. As apostas são de um corte de 0,25 ponto percentual no indicador na reunião marcada para 18 de dezembro.

Além do PIB, também serão divulgados por aqui o resultado primário de outubro e a sondagem da América Latina do quarto trimestre.

Brasil

O movimento especulativo em cima do dólar não dá trégua. A moeda norte-americana entrou dezembro atingindo novo recorde nominal. A alta na segunda-feira (2) foi de 1,13% e a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 6,066. Na última sexta-feira (29), o dólar atingiu pela primeira vez na história a marca dos R$ 6. Enquanto isso, o Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.235 pontos.

Se na semana passada o gatilho para especular foi o anúncio do pacote de corte de gastos do governo, desta vez o foco foi a ameaça feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar em 100% os produtos de países do Brics, caso o bloco econômico crie mesmo uma moeda alternativa ao dólar para negociações comerciais.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, com os investidores vigilantes sobre a instabilidade política na França. O euro despencou ontem (2) em relação ao dólar, em meio às crescentes preocupações sobre um possível colapso do governo na França, o que atrasaria os planos para conter um crescente déficit orçamentário.

O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, decidiu forçar a aprovação de um projeto de lei sobre seguridade social, que é parte do Orçamento de 2025, sem a necessidade de uma votação no Parlamento, o que o deixa vulnerável a ser derrubado do cargo em um voto de desconfiança por rivais de extrema-direita e esquerda.

Além disso, a Alemanha enfrenta eleições antecipadas após o colapso de seu governo.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,37%
DAX (Alemanha): +0,29%
CAC 40 (França): +0,80%
FTSE MIB (Itália): +0,94%
STOXX 600: +0,44%

Estados Unidos

Os índices futuros operam mistos nesta manhã. Na véspera, o S&P 500 e o Nasdaq encerraram em níveis recordes, após atingirem novas máximas intradiárias, enquanto o Dow Jones recuou mais de 100 pontos, ou cerca de 0,3%.

Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: +0,04%
Nasdaq Futuro: -0,01%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam o dia com alta, acompanhando os ganhos em Wall Street depois que o S&P 500 e o Nasdaq Composite atingiram novos recordes. As ações da China também reverteram perdas anteriores após notícias de que os principais líderes do país planejam iniciar uma importante conferência anual de trabalho econômico na próxima quarta-feira para mapear metas de crescimento e planos de estímulo para 2025.

Shanghai SE (China), +0,44%
Nikkei (Japão): +1,91%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,00%
Kospi (Coreia do Sul): +1,86%
ASX 200 (Austrália): +0,56%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem enquanto os traders observavam as pistas sobre os planos de fornecimento da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) antes de uma reunião importante nesta quinta-feira (5).

Petróleo WTI, +0,69%, a US$ 68,57 o barril
Petróleo Brent, +0,71%, a US$ 72,34 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgado o relatório Jolts de outubro.

Por aqui, no Brasil, os principais bancos do Brasil demonstram apoio unânime ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução das medidas de reforço do arcabouço fiscal, que busca equilibrar as contas públicas, segundo o comentarista político da Globonews Valdo Cruz. Para os líderes das instituições financeiras, Haddad é o melhor nome dentro do PT para ocupar o cargo, conseguindo, com dificuldade, avançar no ajuste fiscal dentro do governo. Durante um almoço na Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) na semana passada, a postura humilde do ministro foi destacada, especialmente ao admitir que, caso o pacote fiscal proposto não seja suficiente, novos cortes poderão ser realizados para garantir as metas estabelecidas. Na seara de indicadores, serão divulgados por aqui o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, o resultado primário de outubro e a sondagem da América Latina do quarto trimestre.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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