O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), afirmou nesta quinta-feira (16) que quatro cidades provisórias serão construídas no estado. A informação foi dada em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo Souza, as cidades provisórias ficarão localizadas nos municípios de Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo, que foram escolhidos por terem o maior número de desabrigados no estado.
“Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta-feira) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas”, afirmou Souza.

Cidades provisórias vão receber cerca de 77 mil desabrigados. Foto: Pedro Piegas/ PMPA
Governo: escolha das cidades
O vice-governador adiantou que são esperadas cerca de 77 mil vítimas que atualmente estão em abrigos. Souza disse ainda que as cidades provisórias deverão ficar em Porto Seco, em Porto Alegre, no Centro Olímpico Municipal de Canoas e o Parque de Eventos de São Leopoldo.
De acordo com Souza, as estruturas provisórias terão lavanderia coletiva, cozinha comunitária, dormitórios, banheiros, pontos de saúde e espaços para crianças e animais de estimação.
Mortos passa a 151
O número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul decorrentes das fortes chuvas que caem no estado desde o fim de abril subiu para 151, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil do estado nesta quinta-feira (16).
As enchentes, que até o momento deixaram 806 feridos, afetam 458 dos 497 municípios gaúchos. O número de pessoas atingidas também tem aumentado.
Ao menos 20,95% da população do estado foi afetada de alguma forma pelas consequências dos temporais. São mais de 2,28 milhões de pessoas dos 10,88 milhões de habitantes do estado.
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