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Líder do Hamas confirma que acordo com Israel por trégua em Gaza está próximo

Negociações tratam especialmente da duração da trégua, de acordos para a entrega de ajuda humanitária a Gaza e da troca de reféns
21/11/2023 | 06h09

Em um comunicado por escrito enviado à agência de notícias Reuters, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse hoje, terça-feira (21), que o grupo está próximo de um acordo de trégua com Israel. O texto foi entregue a mediadores do Catar. A guerra entre Israel e o Hamas já dura 46 dias ininterruptos, desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel.

Segundo a rede de TV Al Jazeera, negociações entre Hamas e Israel tratam especialmente da duração da trégua, dos acordos para a entrega de ajuda humanitária a Gaza e da troca de reféns israelenses detidos por prisioneiros palestinos em Israel.

Os dois lados libertarão mulheres e crianças e os detalhes serão anunciados pelo Catar, que está mediando as negociações, disse o funcionário Issat el Reshiq. O Hamas fez cerca de 240 reféns durante o ataque a Israel em 7, que matou 1.200 pessoas israelenses.

ANÚNCIO EM DOHA

Abdelhamid Siyam, professor da Universidade Rutgers (Estados Unidos), disse à Al Jazeera que o esperado acordo entre o Hamas e Israel poderá ser anunciado nas “próximas 12 horas” a partir de Doha, capital do Catar.

“Acredito que os últimos pontos que precisam de ser acordados são a duração da pausa, o volume de ajuda humanitária que precisa de chegar a Gaza, especialmente combustível e o número de reféns libertados”, disse ele à emissora.

Siyam disse que a pausa provavelmente durará entre três e cinco dias.

“Os palestinos estão insistindo em cinco dias. Eles querem dar ao povo um verdadeiro espaço para respirar”, acrescentou.

A mídia israelense cita autoridades que confirmam a crescente possibilidade de acordo .

No entanto, um ponto crítico do lado israelense é que eles dizem que um líder do Hamas indicou que não queria que qualquer tipo de aeronave israelense estivesse no céu durante essa pausa, não apenas em termos de ataques aéreos, mas também de vigilância.

Essa exigência é vista como problemática para Israel porque poderia causar problemas especialmente para as tropas terrestres em Gaza.Discute-se a libertação de 50 reféns e que o restante, até 100, seria libertado ao longo do tempo, em troca de uma extensão do cessar-fogo.

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