Por Ayam Fonseca*
Na tarde desta segunda-feira (25), profissionais da educação do município do Rio de Janeiro fizeram uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura da capital carioca, logo após decretarem greve por tempo indeterminado. Segundo o Sepe-RJ (Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro), a manifestação foi motivada pela precarização que os educadores e servidores da educação vêm sofrendo, com destaque para Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, chamada pelos grevistas de “Pacote de maldades”.
A manifestação teve início na avenida Presidente Vargas, em frente à prefeitura do Rio, logo depois de os manifestantes saírem de uma assembleia na quadra da Escola de Samba São Clemente, onde a greve dos profissionais da educação foi estabelecida.
Com o início do ato, o trânsito no local foi bloqueado e policiais do 4º Batalhão de Polícia Militar (São Cristóvão), com apoio do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) e do Batalhão de Polícia de Choque, foram acionados para acompanhar o evento.
Com a chegada dos agentes, houve confusão e bombas de efeito moral foram usadas. Um manifestante foi detido no local e conduzido à 6ª DP, mas já foi liberado.
Tanto a greve quanto a manifestação foram em protesto às medidas que, na visão dos educadores, vêm sucateando o ensino no município. Entre elas a PLC 186, enviada pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores, que pretende alterar o plano de Cargos e Salários dos educadores.
Um dos fatores que os professores mais tem se queixado é a ampliação da carga horária das aulas dos professores, sem que haja uma alteração no tempo de planejamento. “Isso significa que o professor passa a ter que dar mais tempos de aula e ter menos tempo de planejamento”, disse Cristiane Rodrigues, diretora do Sepe-RJ.
Ela continua: “Então a gente perde um terço de planejamento, que é uma lei que é dada aos professores para que eles possam corrigir provas, fazer planejar as aulas, fazer cursos e outras coisas que há muito a gente não consegue fazer por conta da situação da precarização”.
Marcelo Freixo comentou a PL em suas redes:
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Outra questão levantada foi o aumento de contratações emergenciais de 1 ano para 6. “Assim se passa a contratar e terceirizar a educação, porque o grande projeto do Eduardo Paes aqui no Rio de Janeiro é privatizar a educação e o serviço público como um todo”, pontuou Cristiane.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que “tem feito diversas reuniões, de forma constante, com o sindicato, e que rede municipal seguirá o planejamento normal do calendário letivo, sem alterações”.
Veja vídeos da manifestação:
*Estagiário sob supervisão de Chico Alves
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