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Moraes prorroga por mais 180 dias inquérito sobre milícias digitais

Magistrado atende a pedido da Polícia Federal. É a décima prorrogação das investigações
15/03/2024 | 19h48

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 180 dias o inquérito que investiga suposta existência de milícias digitais. O magistrado atendeu a pedido da Polícia Federal (PF). É a décima prorrogação.

Segundo o UOL, o despacho do ministro foi assinado na quarta-feira (13) e publicado nesta sexta-feira (15). Moraes afirma ser imperativa a prorrogação, “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”.

Aberta em 2021, após Moraes arquivar o inquérito dos atos antidemocráticos, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a investigação apura a atuação de um grupo que atenta contra o Estado Democrático de Direito.

A prorrogação ocorre logo após os depoimentos à PF dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior.

Nas oitivas, ambos declararam que rejeitaram a proposta golpista que teria sido apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Os depoimentos foram dados justamente no âmbito do inquérito das milícias digitais.

Moraes atendeu, pela décima vez, pedido da Polícia Federal (PF). Foto: Gustavo Moreno/STF

Moraes libera depoimentos à PF

Os depoimentos foram liberados nesta sexta-feira (15) por Alexandre de Moraes. Nele, há detalhes de toda trama golpista do ex-presidente Bolsonaro. Entre elas, estão a decretação dos estados de Sítio e de Defesa, além de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes implicou diretamente Jair Bolsonaro em depoimento de quase oito horas à PF. Segundo o militar, o ex-presidente apresentou diretamente aos três comandantes das Forças Armadas, em reunião realizada no dia 7 dezembro de 2022, o plano de um golpe de Estado.

Já o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Júnior afirmou à PF que o ex-comandante do Exército Freire Gomes chegou a comunicar que prenderia o então presidente Jair Bolsonaro caso ele tentasse colocar em prática um golpe de Estado.

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