ICL Notícias
Economia

Safra de cereais, leguminosas e grãos deve alcançar recorde de 323,8 mi de t em 2025

O resultado é 10,6%, ou 31,1 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas)
13/03/2025 | 09h30
ouça este conteúdo

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar um recorde de 323,8 milhões de toneladas em 2025, de acordo com a estimativa de fevereiro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado é 10,6%, ou 31,1 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas) e 0,5% menor (1,6 milhão de toneladas) do que a estimativa de janeiro de 2025.

A área a ser colhida deve ser de 81,0 milhões de hectares, um aumento de 2,4% frente à área colhida em 2024 (1,9 milhão de hectares a mais). Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida aumentou em 28.921 hectares (0,0%).

Em relação à produção, algodão e soja devem bater recordes em 2025. Segundo o IBGE, as estimativas são as seguintes:

  • Produção de algodão: a previsão é de 9,0 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,8% em relação à safra de 2024 e um acréscimo de 0,2% (19.979 toneladas) com relação ao mês de janeiro;
  • Previsão para a soja: aumento de 13,4% em comparação à safra do ano passado, chegando a 164,4 milhões de toneladas. Em relação a janeiro, houve um declínio de 1,3% ou 2,2 milhões de toneladas.
  • Previsão para o milho: a estimativa da produção foi de 124,8 milhões de toneladas, crescimento de 0,5% em relação a estimativa do mês anterior (janeiro) e de 8,8% em relação ao volume produzido em 2024.

Confira a previsão do IBGE para os demais produtos na safra deste ano

Em relação a janeiro, houve aumentos nas estimativas de:

  • Café canephora (1,5% ou 15 482 t),
  • Aveia (1,2% ou 12 300 t)
  • Arroz (0,7% ou 81 765 t)
  • Milho 2ª safra (0,6% ou 579 011 t)
  • Batata 2ª safra (0,3% ou 4 069 t)
  • Milho 1ª safra (0,2% ou 60 279 t)

Por outro lado, o IBGE prevê declínios para os seguintes produtos:

  • Batata 1ª safra (-4,8% ou -100 154 t)
  • Feijão 1ª safra (-1,9% ou 23 577 t)
  • Uva (-1,7% ou -34 385 t)
  • Sorgo (-1,6% ou -67 695 t)
  • Soja (-1,3% ou -2 174 276 t)
  • Feijão 2ª safra (-1,1% ou -15 292 t)
  • Trigo (-0,6% ou -40 255 t)
  • Feijão 3ª safra (-0,3% ou -2 090 t)
  • Batata 3ª safra (-0,1% ou -735 t)
  • Café arábica (-0,1% ou -1 426 t)
  • Cevada (-0,0% ou -100 t).

O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explicou a queda da estimativa da soja de janeiro para fevereiro. “Houve perdas registradas no estado do Rio Grande do Sul, por conta da falta de chuvas neste início de ano”, explicou Barradas.

Regiões

As cinco regiões tiveram alta nas estimativas de produção: Centro-Oeste (10,7%), Sul (11,7%), Sudeste (12,1%), Nordeste (10,2%) e Norte (3,5%).

Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Nordeste (0,3%), a Sudeste (1,2%) e a Centro-Oeste (0,6%), enquanto a Região Norte (-0,1%) e a Sul (-3,2%) apresentaram declínios.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,8%, seguido pelo Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,4%), Sul (27,0%), Sudeste (9,0%), Nordeste (8,8%) e Norte (5,8%).

As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (940 856 t), em Minas Gerais (341 149 t), no Paraná (284 300 t), na Bahia
(76 400 t), no Maranhão (15 655 t), no Tocantins (4 521 t), em Pernambuco (4 018 t), no Amapá (835 t) e no Piauí (253 t), enquanto as variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-3 214 922 t), em Rondônia (-26 497 t), em Alagoas (-771 t) e no Rio de Janeiro (-265 t).

Relacionados

Carregar Comentários

Mais Lidas

Assine nosso boletim econômico
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.