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Barroso defende descriminalização do aborto e campanha de conscientização

Presidente do STF afirma que interrupção da gravidez deve ser evitada, mas mulheres não devem ser presas
08/03/2024 | 15h15

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso,  defendeu uma campanha de conscientização pela descriminalização do aborto. O ministro, no entanto, argumentou que a interrupção da gravidez não deve ser encorajada.

“O aborto não é uma coisa boa e deve ser evitado. É preciso explicar para a sociedade, para as pessoas, que ser contra o aborto, não querer que aconteça não significa querer que se prenda as mulheres que passam por este infortuno, que é isso que a criminalização faz”, afirmou.

De acordo com o site Metrópoles, Barroso abordou o tema nesta sexta-feira (8) durante Aula Magna na Pontífica Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Segundo o ministro, o Estado deve dar educação sexual, contraceptivos e amparar a mulher que queira ter filho.

STF

Discussão sobre aborto poderá ficar para 2024 (Foto: Divulgação)

ABORTO NO STF

O magistrado acrescentou que o tema deve voltar à pauta do STF e, portanto, precisa ser entendido pela sociedade. Objetivo é evitar a proliferação de notícias falsas que surgem com a questão.

“Essa campanha tem de ser difundida para que a gente possa votar isso no Supremo, porque a sociedade não entende do que se trata. Não se trata de defender o aborto, trata-se de enfrentar esse problema de uma forma mais inteligente que a criminalização. Prender a mulher não serve para nada”, frisou.

BANHO-MARIA

No STF, há uma mobilização para convencer Luís Roberto Barroso para que o julgamento sobre o aborto não seja colocado em pauta em 2024. Ministros ouvidos pela jornalista Karla Gamba, da coluna de Juliana Dal Piva, do ICL Notícias, relataram que durante a semana conversaram com o presidente da Corte, que concordou com os argumentos.

FRANÇA DÁ EXEMPLO

Na última segunda-feira (4), o Parlamento francês aprovou emenda à Constituição que consagra o direito ao aborto na França, tornando-se o primeiro país do mundo a garantir constitucionalmente a interrupção da gravidez.

O texto foi promulgado nesta sexta-feira (8) pelo presidente Emmanuel Macron, em comemoração o Dia Internacional da Mulher, na próxima sexta-feira (8).

 

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