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Hezbollah anuncia ‘dia de fúria sem precedentes’, em reação ao ataque a hospital

A Jordânia, um país que mantém relações diplomáticas com Israel, afirmou que Israel é responsável pela tragédia. Governo israelense culpa Jihad Islâmica.
18/10/2023 | 05h52

A comoção pelo bombardeio sobre o Hospital Batista Al-Ahli Arab, na Faixa de Gaza, acontecido ontem, levou o grupo islâmico libanês Hezbollah a anunciar para hoje “um dia de fúria sem precedentes” contra Israel. O Ministério da Saúde de Gaza disse que o ataque à unidade de saúde deixou ao menos 500 mortos.

O hospital abrigava centenas de pacientes, deslocados de suas casas à força devido aos ataques aéreos. As autoridades palestinas atribuem o ataque a Israel. O governo israelense afirma que o bombardeio foi realizado pela Jihad Islâmica.

O “dia de fúria sem precedentes” acontece no mesmo dia em que está prevista a visita de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, a Israel. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou uma reunião marcada com Biden por causa do bombardeio ao hospital.

Também as autoridades da Jordânia e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi,  cancelaram o encontro com o presidente norte-americano.

“O ataque revela a verdadeira face criminosa desta entidade e do seu patrocinador… os Estados Unidos, que têm responsabilidade direta e total por este massacre”, afirmou em nota o Hezbollah.

“O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, assim como pessoas deslocadas à força” devido aos bombardeios israelenses, afirmou o comunicado, denunciando um “crime de guerra”.

Israel atribuiu o bombardeio a uma “falha no lançamento de um foguete” pela Jihad Islâmica, outra organização palestina que atua no enclave, que desmentiu, por sua vez, a acusação israelense e afirmou que Israel tenta “evitar a responsabilidade pelo massacre brutal que cometeu ao bombardear o hospital”.

A Jordânia, um país que mantém relações diplomáticas com Israel, afirmou que Israel é responsável pela tragédia.

O Ministério da Saúde palestino ressaltou que muitas pessoas ainda estão sob os escombros. “Um novo crime de guerra cometido pelas forças de ocupação no bombardeio do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa”, afirmou a pasta, em comunicado..

 

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